Descubra a importância do Setembro Amarelo através de um texto inspirador escrito por Simone Miquelin, psicóloga e especialista em saúde e bem-estar
Apesar de ser uma pauta já conhecida e uma data de repercussão internacional, muitos ainda se perguntam: o que é Setembro Amarelo?
A campanha foi criada nos Estados Unidos e tomou repercussão de forma rápida pelo mundo devido ao aumento nas taxas de suicídio, principalmente entre jovens de 15 a 29 anos e homens em geral.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2019 mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio. Ou seja, a cada 100 mortes, uma delas tirou sua própria vida.
Além disso, a campanha foi escolhida para ser no mês de setembro porquê, desde de 2003 o dia 10 de setembro foi definido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Então, trabalhar com essa campanha não só em uma data, mas sim um mês inteiro é super interessante para manter o assunto em alta e conscientizar o maior número de pessoas possíveis.
Aqui no Brasil, essa campanha surgiu em 2015 com o intuito de conscientizar e prevenir o suicídio. Além de fomentar as discussões sobre a importância da saúde mental e das doenças ligadas a ela, como ansiedade e depressão.
Pensando na importância desse tema, trouxemos um texto reflexivo sobre o Setembro Amarelo, escrito pela Simone Miquelin. No final você também confere algumas dicas e centros de ajuda caso você, ou pessoas próximas a você, esteja passando por esses momentos. Confira:
“Qual a última situação que se sentiu cuidado?
Quais situações te conectam com a vida?
Quais pessoas você poderia buscar caso estivesse em uma situação de vulnerabilidade?
Como você está acolhendo suas emoções e sentimentos?
O que te deixa leve e te faz bem?
São perguntas que podem apoiar e nos ajudar a refletir sobre nossa saúde mental e sobre alguns fatores de proteção, de prevenção e de vida.
Setembro Amarelo é mais do que uma cor ou um laço, é um mês marcado por trazer conhecimentos e diminuir o estigma/julgamento sobre o adoecimento mental.
O tema é complexo e não tem apenas uma causa, já que é multifatorial, mas cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
É mais um mês para lembrar que precisamos normalizar a busca por apoio e o cuidado com a saúde mental.
Se você conhece alguém que precisa de suporte, não julgue, essa pessoa já está em sofrimento. Acolha, respeite e seja a ajuda. Às vezes quem precisa de ajuda não tem energia para buscar. Você pode, inclusive, se oferecer para agendar e ir junto a uma consulta.
Existem frases e falas que nos dão sinais de que devemos ficar em estado de alerta: ‘Eu me sinto um fardo’, ‘me sinto sufocada/presa’, ‘estou passando por uma dor insuportável’, não tenho razão para viver’, ‘queria dormir e não acordar mais’.
Alguns comportamentos também nos dão esses sinais:
Aumento do uso de álcool ou drogas;
Ações imprudentes;
Abandono de atividades;
Isolamento da família e amigos;
Dormir muito ou pouquíssimo;
Visitar ou ligar para familiares e amigos para se despedir ou doar bens valiosos de repente;
Lesões e agressões.
Além das perguntas, ações e reflexões acima, você ainda deve demonstrar que a pessoa é importante e que a vida dela tem significado, que a vida pode ser mais flexível e que as situações não são para sempre (existem soluções para os problemas e podemos resolver juntos). O autoconhecimento, o acolhimento e o manejo das emoções são essenciais nesse processo. Não esqueça de verificar se a pessoa precisa de questões básicas de segurança (moradia e saúde, por exemplo).”
Você também confere esse texto no LinkedIn da Simone, clicando aqui.
Conheça mais sobre a autora do texto: Simone Miquelin
“Me inspiro em relações energizadas pelas conexões. Busco fazer a diferença através da colaboração em saúde e bem-estar organizacional.”
Simone Miquelin, é formada em Psicologia pela Universidade Paulista e tem formação acadêmica focada nas áreas de saúde mental e gestão de pessoas. Simone trabalha há mais de 9 anos na Klabin e, hoje, atua no Departamento de Gente e Gestão e Bem-estar Emocional, auxiliando muita gente a se entender melhor e a captar a importância da saúde mental para o dia a dia no trabalho.
Conte sempre com a K4U
Você sabe que pode contar sempre conosco: você não está sozinho! Para procurar ajuda, você pode entrar em contato com:
Centro de Valorização da Vida – CVV
188: O CVV realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Os serviços públicos de saúde mental estão disponíveis em todo território nacional, além de serviços de acolhimento e atendimento gratuitos ou voluntários realizados por ONGs, instituições filantrópicas, clínicas escola, entre outros.
O Pode Falar é um canal de ajuda em saúde mental para você que tem de 13 a 24 anos.
Se você quer conhecer mais mulheres inspiradoras que trabalham em parceria com a Klabin ForYou, confira o post que fizemos em Março em homenagem ao Dia Internacional da Mulher: Mulheres inspiradoras: conheça a história da Simone – Inspire-se.
Além disso, praticar atividades físicas, especialmente para as crianças em momentos de férias escolares, são importantíssimas para gastar energia e se manter sempre ativas e motivadas. Por isso, você pode conferir o post que fizemos com dicas para o que fazer com as crianças nas férias escolares: 3 hábitos para as crianças desenvolverem durante as férias escolares.
Esperamos que este artigo tenha te ajudado a entender um pouco sobre o Setembro Amarelo e sua importância. Compartilhe com sua família e amigos para disseminar essas informações e navegue em nosso blog para conferir mais artigos com temas incríveis e necessários.